Entenda as novas orientações para manobras de desengasgo

6 de novembro de 2025

Novo protocolo inclui golpes nas costas de adultos e crianças maiores de um ano; em bebês, as compressões devem ser feitas com a palma da mão

As manobras para o desengasgo de bebês, crianças e adultos mudaram. A principal diferença está na adição de golpes nas costas. Agora, a recomendação é alternar cinco tapas mais fortes nas escápulas com cinco compressões abdominais (manobra de  Heimlich).

Padrão para o procedimento mudou, tanto em casos de crianças quanto de adultos | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF

Divulgadas em outubro pela American Heart Association (AHA), as novas diretrizes sobre técnicas de desobstrução das vias aéreas substituem as de 2020. A recomendação atual é: alternar cinco golpes/pancadas nas costas com cinco compressões no peito, usando a mão, até que o corpo estranho seja expulso.

“Cada minuto conta para evitar sequelas ou desfechos piores”

Lorhana Morais, instrutora do Samu-DF

“O objetivo da alteração é facilitar as manobras; afinal, ao ver uma pessoa engasgando, a primeira coisa que costumamos fazer é dar tapinhas nas costas, não é?”, pontua Lorhana Morais, instrutora do Núcleo de Ensino do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF). “Assim, em situações de engasgo, além das compressões, os golpes ou pancadas precisam ser realizados também em crianças maiores de um ano e em adultos.”

Já para os bebês com menos de um ano, em adição aos tapas mais fortes nas costas, as compressões torácicas devem ser feitas com a palma da mão.“Quando fazemos apenas com dois dedos, pode ser que a gente aperte o lugar errado, mas ao usarmos a mão completa, pegamos uma maior parte do tórax do bebê, tornando as compressões mais eficientes”, detalha a instrutora.

Atendimento

Apesar de o Samu-DF prestar socorro em emergências decorrentes de engasgo, a instrutora lembra que é importante a pessoa saber fazer as manobras corretamente. “Cada minuto conta para evitar sequelas ou desfechos piores”, adverte. Se a pessoa mais próxima não souber fazer as manobras de desobstrução, é possível conseguir orientações com um profissional do Samu DF, pelo número 192.

A Lei Lucas, instituída em 2018, exige que professores e funcionários de escolas e creches públicas e privadas recebam capacitação periódica em primeiros socorros. A normativa foi criada após a morte por asfixia do menino Lucas Begalli, de 10 anos, em um passeio escolar.

Desde 2007, o Samu-DF promove o projeto Samuzinho, iniciativa que percorre instituições de ensino da capital federal oferecendo treinamento básico para situações como parada cardiorrespiratória, engasgo e identificação de sinais de acidente vascular cerebral (AVC). Escolas interessadas em receber o projeto já podem fazer o cadastro para a agenda de 2026, neste link.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Por

Agência Brasília

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *