Secretária de Saúde participou da abertura da Semana Mundial da Amamentação e ressaltou a necessidade de evitar fórmulas lácteas e dar prioridade ao aleitamento materno para a saúde das crianças
A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, participou da abertura da Semana Mundial da Amamentação, nesta segunda-feira (31), na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Brasília. Durante o evento, ela reforçou a importância dos bancos de leite e comemorou a coleta de mais de dez mil litros de leite nos seis primeiros meses de 2023.
“Não posso deixar de registrar o trabalho valoroso do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que bate em cada porta e faz a busca ativa. Mesmo com o bom resultado, é preciso continuar incentivando a doação. Temos uma média de 300 crianças na UTI que precisam desse leite todos os meses”, ressaltou.
Lucilene Florêncio ainda destacou a importância da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e dos preceptores e formadores dos futuros médicos evitarem as fórmulas lácteas. “Não há um país com crianças fortes e protegidas com leite artificial. Não só nos primeiros meses, as desordens alimentares que os pediatras presenciam em seus consultórios acontecem durante toda a vida dessas crianças”, disse a gestora.
Carla Graziella Souza, 37 anos, servidora pública, é mãe de Sarah Vitória, de apenas 10 meses. Ela participou do evento para apoiar a campanha de amamentação. “Sempre amamentei a Sarah e percebo que foi um diferencial na questão do adoecimento. Ela é uma criança muito forte, quase nunca fica doente. Inclusive, nessa época de viroses sazonais, ela ficou bem resistente”, contou.
Ela acrescenta que o período de licença-maternidade, a participação do pai e a disponibilização de um espaço no trabalho para fazer a coleta do leite foram fundamentais para estabelecer um vínculo com o bebê e ter estrutura para amamentar com tranquilidade. “Tudo aquilo que o bebê come nos primeiros mil dias vai fazer diferença para o seu futuro”, afirmou a mãe.
Salas de amamentação nas UBSs
A partir de agora, as salas de amamentação farão parte dos projetos de construção das unidades básicas de saúde (UBSs). Um projeto-piloto do Ministério da Saúde está em fase de implantação desses espaços também em unidades que já estão em funcionamento, começando em cinco estados: Distrito Federal, Paraná, Pará, Paraíba e São Paulo. A iniciativa visa apoiar mães que trabalham fora, especialmente aquelas que estão no mercado informal e não têm o amparo da legislação.
A medida foi anunciada para celebrar o mês da amamentação, cujo tema neste ano é Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que o aleitamento tem a mesma importância da vacinação quando se trata da proteção das crianças. “O aleitamento é comprovadamente responsável pela redução da mortalidade infantil em muitos países, assim como no Brasil”, declarou a ministra.
Agosto Dourado
A campanha do aleitamento materno celebrada durante o mês de agosto, intitulada Agosto Dourado, tem o objetivo de reduzir a mortalidade infantil. Em 2001, em razão das evidências da superioridade do leite humano, a OMS passou a adotar como recomendação o aleitamento materno exclusivo por seis meses. Cerca de seis milhões de vidas são salvas, a cada ano, por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade, de acordo com a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A Secretaria de Saúde (SES) vai oferecer uma programação variada para a população do DF acerca da importância do aleitamento materno. Um dos destaques do cronograma de eventos é o ato público alusivo à Semana Mundial de Amamentação, que será realizado na Câmara dos Deputados, no dia 10 de agosto, às 13h.
Confira abaixo o cronograma de atividades
Para mais informações sobre a doação de leite materno, acesse o site Amamenta Brasília.
Agência Brasília