Março Amarelo alerta para os cuidados com as doenças renais em pets

20 de março de 2023

Atualmente, esse tipo de enfermidade está entre as principais causas de óbito em cães e gatos

O mundo pet se volta neste mês, durante a campanha Março Amarelo, para conscientizar tutores sobre possíveis doenças renais que podem acometer cães e gatos. Geralmente, o pet apresenta sintomas quando o distúrbio já está em estágio mais avançado, demonstrando que os rins estão com quase toda a capacidade de funcionamento comprometida. Por isso, os sinais iniciais de problemas nos rins devem ser observados atentamente para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos o mais rápido possível.

Wesley Lima dos Santos, com o gato Paçoca: “Aqui ele está sendo monitorado, com as medicações corretas, e tem obtido uma melhora progressiva no tratamento” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Esse foi o caso do gatinho Paçoca, que começou a apresentar ainda em 2021 problemas renais, recebeu o devido tratamento e melhorou. O problema é que as doenças renais crônicas não têm cura em animais, e atualmente o animal se encontra internado com uma crise grave.

“Ele é um gato grande e gordo e de repente começou a perder peso e não queria mais comer; com isso, foi se debilitando dia após dia e não urinava mais na caixa de área”, conta o tutor de Paçoca, Wesley Lima dos Santos. “Trouxe para atendimento no hospital, e aqui ele está sendo monitorado, com as medicações corretas, e tem obtido uma melhora progressiva no tratamento. Estou gostando muito do atendimento.”

O gatinho está internado no Hospital Veterinário Público de Brasília (Hvep), em Taguatinga. Na unidade de saúde, ele tem recebido todo o tratamento recomendado para a doença, como acompanhamento clínico, exames laboratoriais e de imagens e internação monitorada.

Atenção aos sintomas

“Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água”Vinícius José de Carvalho, veterinário

Especialista em nefrologia do hospital, o veterinário Vinícius José de Carvalho explica que, apesar de a doença não ter cura, caso seja detectada em estágio inicial, o tratamento é menos invasivo. “Todos os animais, em especial cães e gatos, estão propensos a ter a doença, por isso devem passar por acompanhamento de rotina”, pontua. “Como qualquer outra enfermidade, quando identificada e tratada na fase inicial, a doença passa a ser controlada e pode propiciar uma melhora na qualidade de vida para os animais”.

O hospital tem obtido êxito no tratamento das doenças renais, mas os tutores precisam ficar atentos para os primeiros sinais da patologia, alerta o médico. De acordo com o médico, após o exame clínico, são realizados exames de sangue e imagem para confirmação do diagnóstico.

Consultas no Hospital Veterinário devem ser agendadas pela internet; desta forma, não há filas

“Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água”, explica o veterinário. “Os sintomas são seguidos de vômitos, perda de peso e diminuição do apetite”.

Não existe uma regra sobre a época em que a doença possa aparecer nos pets, mas a tendência é que problemas renais atinjam especialmente gatos e cães com idade mais avançada. Para prevenir, o ideal é fazer exames de rotina e estimular a ingestão de água.

 

Melhorias no serviço

O Hvep faz 150 atendimentos diários. São oferecidos serviços gratuitos de consultas, medicações, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias, internação e ambulatório, entre outros.

O hospital também foi expandido e ganhou um novo prédio que possibilitou o atendimento a especialidades como dermatologia, oncologia, ortopedia e oftalmologia, passando a oferecer dez leitos para internação.

Nos últimos quatro anos, a unidade hospitalar registrou 62 mil consultas, 46 mil retornos, 69 mil exames de imagem, 217 mil exames laboratoriais, 18 mil cirurgias e 214 mil administrações de medicamentos. Atualmente, com o agendamento on-line, não há mais filas, e o hospital passou a ter também consultas e cirurgias ortopédicas.

“Estamos à disposição da população”, afirma a diretora do hospital, Lindiene Samayana. “Não precisa trazer o animal somente em estado grave; marque consultas por meio do agendamento com os especialistas. O serviço veio para facilitar ainda mais a vida da população e dos animais” . As consultas no hospital podem ser marcadas pelo site Agenda DF.

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